Soneto
Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono
Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo
Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar, com que navio
E me deixaste só, com que saída
Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio
Chico Buarque
19 de ago. de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
- março 2012 (1)
- outubro 2011 (1)
- agosto 2011 (7)
- julho 2011 (2)
- dezembro 2010 (1)
- setembro 2010 (3)
- agosto 2010 (9)
- julho 2010 (10)
- junho 2010 (7)
- maio 2010 (2)
- abril 2010 (8)
- março 2010 (1)
- fevereiro 2010 (3)
- janeiro 2010 (1)
- dezembro 2009 (4)
- novembro 2009 (6)
- outubro 2009 (4)
- setembro 2009 (6)
- agosto 2009 (8)
Nenhum comentário:
Postar um comentário